segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

K2 – Desvendando os perigos da montanha

Não é atoa que o K2 é considerado a montanha mais perigosa do mundo, ao darmos uma rápida passada pelas estatísticas, logo percebemos o risco iminente, observe: para cada quatro alpinistas que chegam ao topo do K2, um morre.

Relembre nosso post sobre o K2, na categoria “Série - Montanhas mais perigosas do mundo!” ou no link direto: http://trekkingeasybrasil.blogspot.com.br/2014/12/serie-montanhas-mais-perigosas-do-mundo_3.html

Além disso, nesse novo post, veremos a fundo os perigos por trás dessa incrível, fascinante e mortal montanha. Veja os detalhes a seguir:




1) Visual imponente e amedrontador – O visual da montanha nos demonstra os perigos que estão por vir. Podemos observar encostas de gelo e rochas expostas, o que nos indicam trechos de alta inclinação, onde nem mesmo a neve consegue parar. Ao escalar o K2, os alpinistas têm que encarar diversos blocos muito íngremes, como a Pirâmide Negra (um paredão de quase 1.000 metros), ou até mesmo com inclinações negativas;

2) Abismos mortais – Não é difícil, mesmo para amadores, imaginar o drama de cair nas gretas, profundas e traiçoeiras rachaduras no gelo. Muitas dessas fendas são cobertas por neve, tornando-se legítimas armadilhas. Na tentativa de evitar surpresas, em alguns trechos, os alpinistas andam presos uns nos outros por cordas;

 

3) Sem civilização a vista – Para chegar à base da montanha, é preciso percorrer, a pé, por sete dias, quase 100 km de trilha acidentada. Ainda, temos que no K2 as últimas vilas habitadas encontram-se a 3.000 metros de altitude (o Everest é habitado até os 5 mil metros de altitude). Ou seja, na descida o caminho de volta à civilização é bem longo;

4) Deserto de neve – O K2 é uma montanha muito árida, onde não existe nem água potável, é um ambiente desolador, o que torna a subida psicologicamente ainda mais difícil (no Everest os alpinistas encontram alguns bosques e até mesmo algumas cachoeiras no percurso);

5) A descida sempre é mais fácil! Isso é um erro fatal – Após grandes desafios para chegar vivo ao cume, não se pode comemorar, pois agora é que "começa" o perigo (a maioria dos acidentes ocorre na descida). Nesse momento o alpinista se encontra esgotado, não possuindo mais os mesmos reflexos, a concentração está debilitada e a tomada de decisões torna-se um suplício;




6) Inferno meteorológico – A montanha está sujeita a seis frentes de ar diferentes, por isso o mau tempo muda a toda hora. Além da baixa temperatura, podendo a sensação térmica chegar aos 50ºC negativos, o “inferno” meteorológico conta com nevascas, neblina e ventanias de até 100 km/h! (exemplo: em 1995, seis pessoas morreram depois de serem lançadas no abismo por um vendaval);

7) Perigo constante e imprevisível – De cada quatro mortes ocorridas no K2, uma é provocada por avalanches, elas são muito comuns (devido à alta inclinação da montanha) e imprevisíveis. Ainda, como se não bastassem às avalanches, existem imensos blocos suspensos de gelo (os seracs), os quais podem se soltar da montanha e cair sobre os alpinistas;

 


8) Limite vertical, zona letal – Nos 7.500 metros de altitude, cruza-se uma linha imaginária chamada "limite vertical", significando que a partir daí o corpo começa a morrer. Para aproveitar melhor o oxigênio, o organismo produz mais glóbulos vermelhos, e o sangue fica mais denso. Como os vasos da ponta dos dedos são mais finos, o sangue custa a chegar a essas partes, que podem gangrenar;

9) Mal da montanha – Nas regiões mais altas, o ar é bastante rarefeito. É nesse momento que começa a acontecer o "mal da montanha", o qual pode provocar desde enjoos e dores de cabeça até edemas (inchaços no cérebro e no pulmão que levam à morte). Ainda, devido ao ar rarefeito, não adianta gritar por socorro, pois esse dificulta muito a propagação do som. Veja também: http://trekkingeasybrasil.blogspot.com.br/2014/11/o-que-e-o-mal-de-montanha-acute.html

Por fim, podemos entender claramente do que o K2 é feito...


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